Já faz muitos anos que a ciência deixou de considerar a homossexualidade como uma doença ou desvio de conduta. Por isso, hoje a sexualidade do homem nunca foi tão explorada e os direitos de expressar a sua orientação sexual estão cada vez mais difundidos em todo o mundo. Contudo, ainda existem muitas barreiras culturais e tabus conservadores que precisam ser revisados, até mesmo nos países onde o casamento homoafetivo está legalizado.

Em parte, muitos desses problemas são consequência histórica do medo irracional ao desconhecido, também conhecido como: homofobia, transfobia, entre outras fobias relacionadas a orientação sexual e de gênero. Assim, nesse artigo vamos discutir sobre a origem da homofobia e como vencê-la de uma vez por todas.

O que é a homofobia e a discriminação pela orientação sexual?

De acordo com a definição a homofobia consiste no medo, ódio, desconforto em relação as pessoas lésbicas, gays, bissexuais. Da mesma maneira que a transfobia o medo, o ódio direcionado as pessoas transgêneras e que se identificam fisiologicamente com o gênero oposto ao condicionado biologicamente.

Embora a transfobia, a homofobia sejam similares, elas não as mesmas. Ou seja, até mesmo entre as pessoas gay pode haver transfobia. Onde cada um desses preconceitos atinge as pessoas em diferentes escalas dependendo de alguns fatores.

orientação sexual

Nesse sentido a homofobia pode tomar muchas formas diferentes, desde atitudes de aversão diretas a indiretas em relação as pessoas, gays, lésbicas, bissexuais e transsexuais. Isto é, em alguns casos a homofobia pode ser o principal motivo de casos de violência. Por isso que o Brasil ainda registra a maior taxa de crimes relacionados a homofobia e transfobia.

Um medo irracional

O psicólogo George Weinberg foi uma das primeiras pessoas a utilizar a terminologia na década de 1970 e definiu a homofobia como o desconforto de estar próximo de pessoas homoafetivas. Por isso, em uma das suas publicações mais famosas afirma que um paciente não poderia ser considerado saudável se não superou os preconceitos.

Por essa razão que em algumas pesquisas recentes, alguns médicos e psicólogos afirmam que a homofobia é apenas a ponta do iceberg. Em outras palavras, eles afirmam que ela possa estar vinculada a algumas características da personalidade de certos indivíduos. Logo, concluindo que a violência poderá ser diagnosticada como uma condição psiquiátrica.

A escala da homofobia

Ainda de acordo com a pesquisa do professor e médico endocrinologista da Universidade de Roma, Emanuele Jannini, aplicou uma escala conhecida para medir os graus de homofobia. Assim, o estudo contou com a participação de muitos estudantes universitários, relacionou os dados com medidas de outras características psicológicas.

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Com isso, depois de analisar os dados obtidos, concluiu que as pessoas que demonstraram mais atitudes homofóbicas mais fortes. Também obtinham um resultado maior para características psicológicas relacionadas com o psicoticismo e os mecanismos de defesa. Por outro lado, os estudantes que apresentaram um vínculo parental seguro serviu como um indicador de baixos níveis de homofobia.

Como atuar em casos de homofobia?

Apesar de viver em um dos períodos mais liberais na história do homem, ainda serão necessárias muito mais políticas públicas para mudar a ideia cultural sobre o tema. Por isso ainda é possível encontrar diversos casos de homofobia pelo mundo. Desse modo, se você for uma pessoa jovem e está sofrendo algum tipo de perseguição homofóbica, o primeiro a se fazer é relatar o caso a uma pessoa de confiança.

De fato, algumas escolas e instituições contam com uma política que auxilia seus alunos em casos de bullying e perseguição. Em outras palavras, essa poderia também ser uma outra via para expor qualquer caso homofóbico ou de bullying relacionado com as diferentes opções sexuais.