Exatamente como os grandes predadores que uma vez reinavam sobre a superfície do planeta, o fenótipo humano está se ajustando progressivamente em relação ao meio em que vive. Contudo, as recentes pesquisas concluem um futuro bastante tenebroso para a nossa civilização. Ou seja, o resultado seria a extinção a curto ou a longo prazo, salvo adaptemos uma concepção naturalista da nossa civilização.
Em outras palavras o estudo do comportamento animal, mais conhecido por etologia é definido por uma farsa biológica. Ou seja, o homem está no topo da cadeia alimentar pela sua capacidade de autoconsciência, o que nos permite moldar todos os aspectos da nossa vida, inclusive o meio ambiente e a nossa história como um todo.
Uma visão crítica sobre a cultura ocidental
Com o intuito de neutralizar esta espécie de escapada etológica, mediante a conhecida pós-modernidade crítica, existe uma intenção de mudar a forma de pensar sobre a história linear da cultura ocidental. Assim dizendo, a intenção seria olhar a história do homem como um acontecimento plural e que se desenvolve em todo o mundo. Dessa forma alimentaríamos ainda mais a ideia de um espírito altruísta recíproco em grande escala, promovendo uma estratégia evolutiva estável.
Assim sendo, a partir de um ponto de vista humanista com a ideia de restabelecer o equilíbrio do desenvolvimento humano constatamos alguns fatore fundamentais. Em primeiro lugar a ciência e a tecnologia estão teoricamente na mão de todos os seres humanos. Contudo o conceito de cultura ocidental fortifica a ideia de superioridade e soberania sobre outras culturas.
Contracultura do oportunismo
Como um importante antídoto a situação social mundial, podemos apontar aos ativistas sem fronteiras e os artistas de forma geral. Entretanto, paradoxalmente eles também contribuem para justificar a cultura ocidental, postegando um colapso social premeditado.
Nesse sentido a arte e a cultura popular também tem papel fundamental em enraizar os sentimentos individualistas que determinam a sociedade atual. Ou seja, o altruísmo recíproco como estratégia evolutiva se torna uma utopia eloquente já que para alcançá-lo seria necessária uma participação conjunta de vários setores da sociedade.
O individualismo condicionado pela cultura
O ser humano é considerado um animal definitivamente sociável e por essa razão tivemos a oportunidade de progressar a nossa sociedade. Em contrapartida a cultura do consumismo tem contribuído para poder estabelecer um forte conceito individualista justificando a desigualdade social.
Desse modo o mundo assume como efeitos colaterais todas as mazelas causadas por esse sistema insustentável a longo prazo. Logo, as previsões pessimistas de um colapso social que nos levaria a uma suposta extinção se torna cada vez mais claro. Portanto, para poder reverter esse processo mundial seria necessário uma mudança muito mais profunda.
As causas do mito capitalista
O acúmulo de riquezas e de bens materiais, a fabricação incessante de novos produtos e eu o consumo desenfreado modificaram de maneira significativa os sistemas das sociedades modernas. Desse modo, podemos ver um verdadeiro progresso em todos os âmbitos das sociedades, com os avanços da medicina e da tecnologia. De forma geral a nossa sociedade produz de forma progressiva um ambiente mais favorável para a vida humana.
Em contrapartida, esse sistema possui efeitos colaterais que a largo prazo poderão destruir todo o progresso alcançado pelo sistema, como: problemas meio ambientais, desigualdade social, conflitos entre nações. Assim sendo, para poder reverter o quadro atual, as pessoas deveriam entender ainda mais a nossa condição humana e que o altruísmo recíproco é a única maneira de alcançar uma sociedade realmente estável.